quarta-feira, 14 de novembro de 2012

TEMPO DE TRÂNSITO COLÔNICO:



COMO FAZER E INTERPRETAR


Introdução: O entendimento da função colônica normal é fundamental para a avaliação dos distúrbio funcionais dos cólons, como a constipação intestinal. O tempo de trânsito colônico permite acesso a essa informação, não apenas de forma total, como de forma segmentar (cólons direito, esquerdo e reto-sigmóide), de forma prática e efetiva, sendo um método de fácil execução, interpretação, não invasivo, acurado e bem tolerado pelo paciente.


Descrição do material: Para sua execução, pede-se que o paciente ingira uma cápsula contendo 24 marcadores radiopacos, sendo realizadas radiografias do abdome, em posição ortostática, antes da ingestão e com 24, 72 e 120 horas, enfatizando para o não uso de laxantes ou outros alimentos não habituais, que possam alterar a motilidade intestinal no período do exame. O tempo de trânsito colônico é considerado normal com a eliminação de pelo menos um marcador no terceiro dia e de mais de 80% dos marcadores radiopacos no quinto dia. Processos obstrutivos de saída, como o anismo, podem ser sugeridos com a concentração dos marcadores em segmentos específicos, principalmente na projeção do reto/sigmóide. Quando distribuídos heterogeneamente, marcam um quadro de inércia/hipomotilidade colônica.



Discussão: A intrerpretação correta da patofisiologia dos distúrbios colônicos é fundamental para seu manejo clínico e/ou cirúrgico. O tempo de trânsito colônico é capaz de nos informar sobre a motilidade colônica e suas alterações da forma mais fisiológica possível, uma vez que, diferentemente dos exames radiológicos habituais, que empregam meios de contraste como o bário, usa como parâmetro marcadores inertes em relação a função intestinal. Dessa forma é possível caracterizar distúrbios da hipomotilidade dos cólons (inércia colônica) e distúrbios da defecação (obstrução de saída) de forma prática e objetiva, orientando de forma apropriada a conduta terapêutica ou o próximo procedimento diagnóstico a ser solicitado.



Fonte:

Pasquali, A.1; Lopes, J.R.1; Godoy, L.F.S.1; de Almeida, F.A.G.1; de Domenices Jr., O.2; Sheng, P.Y.2; Costacurta M.A.2; Cerri, G.G.3 1- Médicos residentes do departamento de imagem do Hospital Sírio-Libanês 2-Médicos assistentes do departamento de radiologia do Hospital Sírio-Libanês; 3-Chefe do departamento de imagem do Hospital Sírio-Libanês

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