quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DISSÍDIO 2011


Ficam estabelecidos para os integrantes da categoria profissional os seguintes pisos salariais, já considerando a incidência do percentual estipulado pela cláusula do reajuste salarial:

Técnicos de Raios - X: R$ 1,090.00 ( um mil e noventa reais) para uma jornada de 120 ( cento e vinte horas mensais) e 40% de insalubridade a ser considerado a partir de março de 1° de março de 2011, observando a previsão contida no art. 16 da Lei 7394/85, eis que a categoria diferenciada;



DISSIDIO FILANTRÓPICO PORTO ALEGRE E INTERIOR DO ESTADO.

Em 1° de julho de 2011 piso salarial de R$ 1,166.30 - 40 % de insalubridade.

Auxiliar de Radiologia R$ 677.00 + 40% de insalubridade



DISSIDIO SINDIHOSPA PORTO ALEGRE E GRANDE PORTO ALEGRE

Em 1° de julho de 2011 piso salarial de R$ 1,177.00 + 0,50% em Março 2012 e 40% de insalubridade.



Auxiliares de Radiologia R$ 677.00 (seicentos e setenta e sete reais) + 40 % de isalubridade retroativo a 1° de Julho 2011. A ser considerada a partir da data - base da categoria.

SEMINÁRIO DE TÉCNICAS RADIOLÓGICAS

03 e 04 deDezembro 2011 - cidade Tramandai / RS

Contato: (51) 3341.5088 - 3019.3039

sindiradiologia@ig.com.br

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

RM de Alto Campo podem causar Vertigem



Baseado em artigo publicado no AuntMinnie.com por Wayne Forrest

Magnetos fortificados das RM de alto campo podem influir nos fluidos que circulam nos canais semi-circulares do ouvido interno causando vertigem ou sensação de queda livre em alguns pacientes que submetem-se ao exame , afirmaram pesquisadores do Johns Hopkins University em estudo publicado recentemente.

A condição é mais prevalente com os novos e potentes sistemas dos aparelhos de ressonância magnética de alto campo e podem ocorrer com maior frequência nos estudos de ressonância funcional (fMRI)que monitoram atividades cerebrais, em diversas circunstancias , de acordo com os autores.

O estudo foi conduzido por Dale Roberts, engenheiro sênior e pesquisador do Departamento de Neurologia. Para determinar o mecanismo por trás da vertigem induzida pela RM , o grupo avaliou canais semi-circulares do ouvido interno de 10 voluntários com labirinto saudável.Também foram avaliados por RM dois voluntários com labirintite.

Roberts e colegas avaliaram vertigem tanto pela descrição dos voluntários como pela observação de movimentos oculares involuntários que refletem a detecção cerebral de movimentos. O experimento foi realizado em escuridão total devido à possibilidade alguns estímulos visuais serem capazes de suprimir o movimento dos olhos.

Câmeras de visão noturna demonstraram que todos tiveram movimentos oculares involuntários, porém os dois voluntários com distúrbios prévios no sistema vestibular não tiveram movimentos involuntários dos olhos, sugerindo que de fato o labirinto desempenha um papel chave na vertigem induzida por RM.

Os pesquisadores também testaram os sistemas MRI de diferentes intensidades de campos magnéticas com diversos períodos de tempo em voluntários. Além disso, eles monitoraram os referidos movimentos involuntários quando eram realizados movimentos para dentro e para do fora do tubo com o objetivo de medir o impacto da proximidade ou da direção do campo magnético nos centros de equilíbrio.

Roberts et all concluíram que campo magnéticos mais altos causaram movimentos involuntários dos olhos mais rápidos e de maneira mais significativa que continuaram durante todo o tempo que os voluntários permaneceram na maquina, independentemente da duração da experiência.

A direção dos movimentos oculares também mudou baseado em qual forma os voluntários entraram no tubo da RM, sugerindo que este efeito possa ser direcionalmente sensitivo.

Os achados tem implicações para os estudos RM funcional que medem a atividade cerebral através da avaliação do fluxo sanguineo enquanto os voluntários desempenhavam algum tipo de tarefa.

O RM por si só pode ter causado atividades cerebrais imperceptíveis relacionadas ao movimento e equilíbrio, potencialmente afetando os resultados finais MRI.

“Pudemos demonstrar que mesmo quando aparentemente não estava acontecendo no cérebro enquanto os voluntários eram examinados muito do que acontecia era por si só efeito da própria Ressonância” comentou Roberts. “Esses efeitos devem ser levados em consideração ao se analisar imagens funcionais que espelham atividade cerebral”.

Também foi relatado no trabalho que RM de alto campo pode ser utilizado para estimular o labirinto com objetivo de diagnosticar e tratar desordens do ouvido interno e alterações do equilíbrio, de forma mais confortável e não invasiva.

Fonte: Radiology



segunda-feira, 26 de setembro de 2011



EXAMES RADIOLÓGICOS DO SISTEMA URINÁRIO

Os exames radiológicos do sistema urinário estão entre os procedimentos contrastados mais comumente realizados em departamentos de radiologia. O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra.

Os dois rins são órgãos situados no espaço retro-peritoneal. Estes dois órgãos em forma de feijão situam-se a cada lado da coluna vertebral, na parte mais posterior da cavidade abdominal. O rim direito geralmente está ligeiramente mais baixo que o esquerdo, devido à presença do fígado. Próximo à parte superior de cada rim, há uma glândula supra-renal. Estas importantes glândulas do sistema endócrino estão localizadas na cápsula adiposa que circunda cada rim.

Cada rim conecta-se à bexiga única por seu próprio ureter. O material eliminado, na forma de urina, viaja dos rins para a bexiga, através destes dois tubos estreitos, denominados ureteres. A bexiga semelhante a um saco serve como um reservatório para armazenar urina, até que possa ser eliminada do corpo através da uretra.








Urografia Excretora

Freqüentemente é o exame radiológico inicial em casos de dores nas vias urinárias, hematúria, infecção do trato urinário, obstrução aguda, massas renais, urolitíase, nefrocalcinose e anormalidades congênitas. Este exame proporciona informações anatômicas essenciais e demonstra a função de todo o trato urinário. A urografia excretora é completada pela US, TC, RM que fornecem informações anatômicas adicionais e podem mostrar as características de uma massa tumoral. Em geral o trato urinário tubular é mais bem avaliado por exames contrastados, porque estes revelam a aparência da luz e as características do fluxo líquido.
Há muitos métodos de realização de urografia excretora. Um exame padrão inclui radiografia simples, radiografia imediatamente subseqüente à administração de contraste (imediata ou no minuto zero), radiografia de 5 , 10 e 15 minutos após a administração do contraste, radiografias da bexiga cheia e após a micção. Incidências oblíquas ou tomográficas dos rins são freqüentemente obtidas, dependendo das circunstâncias clínicas. Geralmente são feitas menos incidências em crianças que em adultos. A radiografia simples demonstra a localização de calcificações e anormalidades abdominais e indica a técnica radiográfica ideal. A incidência imediatamente pós-injeção de contraste mostra a intensificação das estruturas vasculares e do córtex renal e demonstra os contornos dos rins. As incidência de 5, 10 e 15 minutos mostra o enchimento do sistema coletor e dos ureteres. O estudo da bexiga mostra seus contornos e a urina residual, na pós-miccional.
A Urografia Excretora possibilita a avaliação do tamanho, eixo, contorno e simetria funcional dos rins. O comprimento do rim depende da idade, sexo e constituição física do paciente, mas geralmente equivale à altura de três ou quatro corpos vertebrais. Rins parcialmente duplicados ou únicos são maiores. O eixo renal, uma linha imaginária que passa pelos pólos superior e inferior do rim, tem geralmente ângulo de cerca de 15 graus lateralmente em direção caudal. A orientação diferente do eixo renal pode ocorrer em conseqüência de anormalidade congênita ou adquirida. Os contornos renais devem ser totalmente visíveis e regulares. As lobulações geralmente são variações normais. Os rins devem funcionar pronta e simultaneamente; o retardo relativo no funcionamento pode sugerir perfusão deficiente ou obstrução. Os sistemas coletores intra-renais devem mostrar enchimento simétrico das papilas, sem distensões ou defeitos de enchimento, portanto, o objetivo de uma Urografia Excretora é visualizar a porção coletora do sistema urinário e avaliar a capacidade funcional dos rins.
Os ureteres muitas vezes não são inteiramente visíveis, apesar de grandes esforços para mostrá-los com o paciente em diversas posições. Na incidência em antero-posterior eles geralmente aparecem ao longo dos processos transversos, desviam-se lateralmente à altura das articulações sacro-ilíacas e penetram na bexiga póstero-lateralmente.
A bexiga é avaliada quanto ao tamanho e ao contorno, que deve ser arredondada e regular, o volume após micção, normalmente é inferior a 100 ml, a impressão prostática ou uterina e a irregularidades da parede interna são mais bem observadas na incidência pós-miccional.


Indicações clínicas:
As principais indicações clínicas da urografia excretora incluem:

1- massa abdominal ou pélvica

2- cálculos renais ou ureterais

3- traumatismo renal
4- dor no flanco
5- hematúria ou sangue na urina
6- hipertensão
7- insuficiência renal
8- infecções do trato urinário
Preparo do paciente:
- Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame
- Realizar limpeza intestinal por via oral (laxante ) e por via retal ( fleet-enema)

Metodologia:
Paciente em decúbito dorsal, realiza-se uma radiografia simples do abdome, para verificação de técnica, posicionamento e preparo intestinal adequado.
Após radiografia simples, é administrado por via endovenosa meio de contraste iodado (hidrossolúvel) o qual irá contrastar o sistema urinário. Realiza-se a seguinte seqüência de  radiografias:
1- Imediatamente após a administração do meio de contraste realiza-se uma radiografia localizada dos rins;
2- Realizar radiografia das lojas renais após 5 minutos a administração do contraste
3- Após a exposição de 5 minutos, deve-se colocar a faixa de compressão no abdome do paciente.
4- Realizar radiografia das lojas renais após 10 minutos a administração do contraste
5- Aos 15 minutos, deve-se tirar a faixa de compressão, e imediatamente realizar uma radiografia panorâmica, compreendendo das lojas renais até a bexiga;
6- Radiografia panorâmica, após 25 minutos a administração do contraste.
5- Radiografias localizadas da bexiga cheia e pós-miccional.

- R.C. - perpendicular entrando no centro da região de interesse
- Chassis: 24cm x 30cm transversal para as radiografias de 5 m e 10 m, 30 cm x 40 cm ou 35 m x 43 cm longitudinal para as radiografias simples, 15 m e 25 m e 18 cm x 24 cm transversal para as radiografias localizadas da bexiga.
Observação: A faixa de compressão é contra indicada quando o paciente apresentar massa abdominal, cálculos renais e ureterais, transplante e pós-operatório.

                                  Urografia Retrógrada (Pielografia)
Em casos de pacientes hipertensos (pressão alta), deve-se realizar seqüências rápidas de exposição logo após a administração do meio de contraste; com 1 m, 2 m, e 3 m. O exame não termina enquanto o contraste não chegar até a bexiga.
A Urografia Retrógrada é um exame não funcional do sistema urinário, durante o qual o meio de contraste é introduzido diretamente no sistema pielocalicial através de cateterização, por um urologista. A Urografia Retrógrada é não funcional, pois os processos fisiológicos normais do paciente não estão envolvidos no procedimento.
É feita após introdução cistoscópica retrógrada de cateteres ureterais e a injeção de material de contraste.
Este procedimento é indicado em pacientes com obstrução ou disfunção renal, nos quais o sistema coletor da pelve renal e os ureteres têm de ser examinados. Proporciona  melhor visualização de pequenas falhas de enchimento pelo material de contraste da pelve renal e dos ureteres. É possível visualizar diretamente as estruturas internas de um ou ambos os rins e ureteres.

Metodologia:
O paciente é colocado em posição de litotomia modificada, o que exige que as pernas sejam colocadas em estribos. O urologista introduz o cistoscópio através da uretra até a bexiga. Após examinar o interior da bexiga, o urologista introduz cateteres ureterais em um ou ambos os ureteres. O ideal é que a ponta da cada cateter ureteral esteja posicionado ao nível da pelve renal.
Após o cateterismo, é feita uma radiografia simples. A radiografia de observação permite a verificação de técnica e o posicionamento, e possibilita que o urologista verifique o posicionamento do cateter, caso a radioscopia não esteja disponível. A segunda radiografia na série de Urografia Retrógrada habitual é um pielograma. O urologista injeta 3 a 5 cc de meio de contraste hidrossolúvel diretamente na pelve renal de um ou ambos os rins. A respiração é interrompida imediatamente após a injeção, sendo feita a exposição.
A terceira e última radiografia da série habitual e uma ureterografia. A cabeceira da mesa pode ser elevada para esta radiografia final. O urologista retira os cateteres e simultaneamente injeta meio de contraste em um ou ambos os ureteres e indica quando fazer a exposição.

Uretrocistografia Retrograda e Miccional
O objetivo de uma Uretrocistografia Retrógrada e Miccional é estudar a uretra, avaliar a bexiga e a micção do paciente e observar possíveis refluxos ureterais. É o único método de demonstração da uretra prostática. A fase miccional do exame é mais bem realizada utilizando controle fluoroscópico.

Indicações clínicas:
- traumatismo
- perda involuntária de urina
- estenose de uretra
- refluxo ureteral

Metodologia:
Paciente em decúbito dorsal, PMS sobre a L.C.M., deve-se realizar uma radiografia simples da bexiga em AP, para verificação da técnica empregada, posicionamento e variações anatômicas.
Após a radiografia simples, deve-se instalar aparelho próprio na glande do paciente com cateterização da porção distal da uretra (paciente do sexo masculino), ou introduzir uma sonda vesical na bexiga através da uretra (paciente do sexo feminino) para realização do exame.
Fase retrógrada:
O aparelho próprio ou a sonda, ligados a uma seringa contendo contraste iodado, deve ser instalado no terço distai da uretra. Após instalação, o paciente ficará disposto nas posições oblíqua esquerda e direita.
1- Realizar radiografia em OD no momento da injeção
2- Realizar radiografia em OE no momento da injeção

- R.C. - perpendicular ao abdome, entrando 4 cm acima da sínfise púbica
- Chassis 24 x 30 panorâmico transversal

Cistografia
A sonda estará conectada a um frasco de soro fisiológico de 500 ml, o qual estará disposto da seguinte forma: 400 ml de soro / 100 ml de contraste iodado.
1- Radiografar a bexiga com pequeno enchimento, 100 ml em AP
2- Radiografar a bexiga com médio enchimento, 200 ml em AP
3- Radiografar a bexiga com grande enchimento, 400 a 500 ml em AP
4- Radiografar a bexiga cheia nas posições OD e OE.

- R.C. - perpendicular ao abdome, entrando 4 cm acima da sínfise púbica
- Chassis: 18 x 24 panorâmico transversal (pequeno enchimento, médio enchimento, e pós miccional da bexiga)
- Chassis 24 x 30 panorâmico transversal (OD e OE localizada da bexiga)
Observação: A Cistografia é normalmente realizada associada à Uretrocistografia, porém, eventualmente é realizada individualmente quando o objetivo é observar somente a bexiga.

Fase Miccional
1- Realizar radiografias em OD e OE, com o paciente urinando.
2- Realizar radiografia pós-miccional

- Chassis 30 cm x 40 cm panorâmico longitudinal (OD e OE miccional)
- Chassis 18 cm x 24 cm panorâmico (pós miccional)

NOTA: O chassis 30 x 40 é utilizado nas exposições com paciente urinando para que, se houver refluxo ureteral, conseguiremos visualizar todo o refluxo e verificar até que ponto chegou.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Crânio - AP


Crânio – AP
Linhas de Posicionamento

PVO – Plano vertical do ouvido ou linha médio coronal: divide o crânio em partes anteriores e posteriores;
LGM – Linha globelo meatal: refere-se a uma linha entre a glabela e o meato acústico externo;
LOM – Linha orbito meatal: localiza-se entre o canto externo do olho e o MAE.
LIOM – Linha infra-orbitomeatal ou linha da base de REID: Liga a parte inferior da órbita ao meato acústico externo;
LAM – Linha acantiomeatal: Liga o acântio ao meato acústico externo; 
LMM – Linha Mentomeatal: São linhas formadas pela conexão do ponto mentoniano ao meato acústico externo;
PMS – Plano médio sagital: Divide o crânio em duas partes esquerda e direita) É importante no posicionamento preciso do crânio;
LIP – Linha interpupilar: É a linha que liga os dois canto dos olhos;
Chamberlain: É a linha que liga o palato duro a base do osso occipital;
LLM – Linha libiomeatal: É a linha da junção dos lábios com MAE;
LGA – Linha Glabeloaoveolar: É a linha que liga a glabela a um ponto na região anterior do processo aoveolar do maxilar;
LSOM – Linha supero obitomeatal: É a linha que liga o teto da órbita ao meato acústico externo;



PP: Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou em decúbito dorsal, dependendo das condições do paciente. Em pacientes com hipercifose, o posicionamento é melhor realizado em ortostático;
PPt: PMS (plano médio sagital) do crânio perpendicular na vertical ou sobre a LCM (linha central da mesa); LIOM (linha infra-órbito meatal) perpendicular ao plano da mesa  de exames;
Filme: 24x30 na longitudinal c/ Bucky.
Raio Central: perpendicular na vertical junto à glabela, paralelo a LOM;
Posição da parte : LIOM (linha infra órbito meatal) linha sagital e linha interpupilar PMS, LOM (linha infra órbito meatal) e linha interpupilar.
OBS: Alinhar as três linhas citadas à cima no Pt.A para que o crânio não fique rodado nem inclinado.  Esta incidência é utilizada para o estudo de traumas, lesões e moléstias das estruturas do crânio. A linha dos rochedos deve projetar-se no quadrante médio inferior das órbitas.
IC: Ocorrência de trauma e/ou quando houver sintomas que indicam anormalidades estruturais dentro do crânio como tumores ou hemorragias, calcificações e TCE. O RX do crânio é também utilizado para avaliar as anormalidades no formato da cabeça de uma criança. 

Crânio - Lateral


Crânio - Lateral

Fatores Técnicos:

Filme = 24 x 30, em sentido transversal

Faixa de kV = 60 a 70

Faixa de mAs = 10 a 20

Raio Central = Alinhar o RC de modo que fique perpendicular ao filme; Centralizar o RC 5cm acima do MAE (Meato Acústico Interno); Centralizar filme em relação ao RC; DFoFi = 1m.

Posicionamento = Colocar a cabeça na posição em perfil verdadeiro, com o lado de interesse próximo ao filme e o corpo do paciente em uma posição oblíqua o suficiente para o conforto do paciente; Alinhar o plano médio sagital de modo que fique paralelo ao filme, assegurando-se de que não ocorreu rotação ou inclinação; Alinhar a linha interpupilar de modo que fique perpendicular ao filme, assegurando-se de que não ocorreu inclinação da cabeça.

Estruturas Visualizadas = As metades cranianas estão superpostas e observam-se os detalhes superiores da metade do crânio que está mais próxima do filme, com a visualização de toda a sela turca, inclusive os processos clinóides anteriores e posteriores, a sela turca e o clivo aparecem em perfil.

Patologia Demonstrada = Visualização das fraturas de crânio, dos processos neoplásicos e da doença de Paget. O exame radiológico de rotina geral habitual de crânio inclui as incidências em perfil direito e esquerdo.

Crânio - AP Axial - Método de Towne


Crânio - AP Axial - Método de Towne



Fatores Técnicos:

Filme = 24 x 30, no sentido longitudinal.

Faixa de kV = 70 a 80


Faixa de mAs = 20 a 25


Raio Central = RC com ângulo de 30º no sentido caudal em relação a LOM, ou de 37º no sentido caudal em relação à LIOM.
- Centralizar no plano médio sagital, 5 cm acima da glabela; Centralizar o RI em relação ao RC projetado; DFoFi = 1m.

Posicionamento = Abaixar o queixo do paciente até que a LOM fique perpendicular ao RI; Alinhar o plano médio sagital ao RC e à linha média da grade ou da superfície do bucky; Certificar-se de que não ocorreu rotação e/ou inclinação da cabeça; Certificar-se de que o vértice do crânio está dentro do campo dos raios X.


Estruturas visualizadas = Osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno. O dorso da sela e os processos clinóides no interior do forame magno.


Patologia Demonstrada = Visualização das fraturas do crânio (deslocamento medial e lateral), dos processos neoplásicos e da doença de Paget.


Posições e Incidências Radiológicas


Posições e Incidências Radiológicas
01) Posição de Fowler: Paciente em decúbito, com a cabeça elevada.
02) Posição de Trendelemberg: Paciente em decúbito, com os pés elevados.
03) Posição Supina: Paciente em decúbito, com o estômago pra cima.
04) Posição Prona: Paciente em decúbito, com o estômago pra baixo.
05) Ângulo Cefálico: Feixe de raios em ângulo com a cabeça do paciente.
06) Ângulo Podálico: Feixe de raios em ângulo com os pés do paciente.
07) Oblíqua Posterior Esquerda (LPO): Paciente em 45º com o filme pela esquerda e em PA.
08) Oblíqua Posterior Direita (RPO): Paciente em 45º com o filme pela direita e em PA.
09) Incidência em PA: Paciente em ortostática, póstero-anterior em relação ao feixe.
10) Incidência em AP: Paciente em ortostática, ântero-posterior em relação ao feixe.
11) Oblíqua Anterior Direita (RAO): Paciente em 45º com o filme pela direita e em AP.
12) Oblíqua Posterior Esquerda (LAO): Paciente em 45º com o filme pela esquerda e em AP.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MEDICINA NUCLEAR - CONCEITO


A Medicina Nuclear é uma especialidade médica relacionada à Radiologia que se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapêutica utilizando nuclídeos radioativos.

"A Medicina Nuclear está para a Fisiologia como a Radiologia para a Anatomia". A Medicina Nuclear permite observar o estado fisiológico dos tecidos de forma não invasiva, através da marcação de moléculas participantes nesses processos fisiológicos com marcadores radioativos, que marcam sua localização com a emissão de partículas detectáveis ou raios gama (fóton). A detecção localizada de muitos fótons gama com uma câmera gama permite formar imagens ou filmes que informem acerca do estado funcional dos órgãos. A maioria das técnicas usa ligações covalentes ou iônicas entre os elementos radioativos e as substâncias alvo, mas hoje já existem marcadores mais sofisticados, como o uso de anticorpos específicos para determinada proteína, marcados radiativamente. A emissão de partículas beta ou alfa, que possuem alta energia, pode ser útil terapeuticamente em pequenas doses para destruir células ou estruturas indesejáveis.


Particula Alfa

É um núcleo de Hélio, ou seja, dois prótons e dois nêutrons. É uma partícula com elevada energia, pelo que poderá ser promissora no âmbito da terapêutica em Medicina Nuclear, mas ainda não generalizada.



Partícula Beta

Consiste num elétron ou num pósitron de alta energia, podendo, portanto ser utilizado em terapia. O pósitron é usado no exame PET.



Partícula Gama

É um fóton, ou seja, energia. Os fótons gama têm origem nos núcleos atômicos, e são utilizados em diagnóstico por imagem em medicina nuclear. Os fótons são detectados por um equipamento apropriado, a Câmara Gama.



Tipos de Radiofármacos Utilizados

Um radiofármaco incorpora dois componentes. Um radionuclídeo, ou seja, uma substância com propriedades físicas adequadas ao procedimento desejado (partícula emissora de radiação beta, para terapêutica; ou partícula emissora de radiação gama, para diagnóstico) e um vetor fisiológico, isto é, uma molécula orgânica com fixação preferencial em determinado tecido ou órgão. Essencialmente, os radionuclídeos são a parte radioativa dos radiofármacos. Mas estes também possuem uma molécula (não radioativa) que se liga ao radionuclídeo e o conduz para determinado órgão ou estrutura.



Tecnécio-99-metaestável

É um radionuclídeo artificial, criado pelo homem. Tem meia-vida de aproximadamente 6 horas. Emite um fóton gama com 140.511 keV de energia, ideal para a câmera gama. É muito reativo quimicamente, reagindo com muitos tipos de moléculas orgânicas. Esta grande versatilidade química permite que hoje em dia a grande maioria dos estudos em Medicina Nuclear sejam efetuados com base no uso de radiofármacos Tecneciados.



Iodo-123 ou Iodo-131

Importantes no estudo da Tiróide. Têm emissão de raios gama e beta, respectivamente. Meia-vida de 8 dias para o I-131, 13 horas para o I-123.



Tálio-201

Tem propriedades químicas semelhantes ao Potássio, tendo sido utilizado durante muitos anos para imaginologia cardíaca (integrava a bomba de sódio-potássio). Os seus fótons gama têm energias baixas, mas as imagens eram menos nítidas e a sua interpretação mais complexa. Meia-vida de 3 dias. Atualmente, os estudos com Tálio-201 têm caído em desuso, face ao aparecimento de novos radiofármacos marcados com Tc-99m.



Gálio-67

Tem propriedades semelhantes ao íon Ferro. É um emissor gama de média energia e apresenta meia-vida de 3 dias. É utilizado em estudos de Infecção e em Oncologia.



Índio-111

Meia-vida 3 dias. É um emissor gama de média energia.



Xenon-133 e Cripton-81m

Gases nobres radioativos que podem ser usados na cintigrafia de ventilação pulmonar. No entanto, a maior parte dos estudos de ventilação pulmonar são feitos com um aerossol marcado com Tc-99m.



Flúor-18

Emite pósitrons. É usado no exame PET.



Utilidade e Risco

A importância deste tipo de exames têm aumentado recentemente. A principal limitação à maior utilização da medicina nuclear é o custo. No entanto é impossível observar muitos processos fisiológicos de forma não invasiva sem a Medicina Nuclear. A quantidade de radiação que o paciente recebe num exame de medicina nuclear é menor que a radiação recebida numa radiografia ou uma Tomografia Axial Computadorizada. A quantidade de substância estranha é normalmente tão baixa que não há perigo de interferir significativamente com os processos fisiológicos normais. Os casos mais graves são muitas vezes os casos de hipersensibilidade (alergia) com choque anafilático em reação ao agente químico estranho.





terça-feira, 19 de julho de 2011

Técnico em radiologia poderá ter jornada de trabalho alterada

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7025/10, do deputado Rodovalho (PP-DF), que autoriza o aumento da jornada de trabalho dos técnicos em radiologia nos casos de acúmulo com outra função na mesma empresa. Conforme a proposta, a segunda função não poderá ser insalubre ou perigosa, como são as atividades típicas da radiologia.

A proposta altera a lei que regulamenta a profissão (7.394/85), que hoje estabelece carga de trabalho de 24 horas semanais, adotada para preservar a saúde do profissional. Rodovalho observa, porém, que a medida tem tido efeito contrário ao pretendido, pois muitos técnicos aproveitam a carga horária reduzida para trabalhar em mais de um emprego.

Segundo o projeto, mesmo com o acúmulo de função, as atividades específicas do técnico em radiologia devem estender-se por no máximo 24 horas por semana. Essas atividades incluem a utilização de técnicas de radiologia nas áreas de diagnóstico, de radioterapia, no setor industrial e no de medicina nuclear.

"Nossa proposta é permitir que o técnico em radiologia possa cumprir carga superior a 24 horas semanais para o mesmo empregador, mas fixando esse limite para as atividades típicas da radiologia", defende o deputado. Para ele, a medida permitirá que o empregado receba uma remuneração maior, sem precisar buscar outro emprego.

Tramitação

O projeto tramita em conjunto com o PL 5863/01, que, entre outras medidas, inclui entre as atividades do técnico em radiologia a ressonância magnética e o controle radiológico de bagagens. Os textos, de caráter conclusivo, serão analisados pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

FONTE: Câmara dos Deputados

Tomógrafo movel vai atender pacientes do interior do estado do Rio de Janeiro

Um tomógrafo móvel vai beneficiar moradores do interior do Rio de Janeiro. O Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada (SMTC), projeto criado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) vai atender aos moradores de cidades onde não há esse tipo de exame na rede pública de saúde ou em que o serviço já existente não seja capaz de suprir a demanda. Segundo a prefeitura, o aparelho de tomografia computadorizada vai atender pedidos de exames que estavam aguardando na Secretaria municipal de Saúde. A capacidade é de 2,5 mil atendimentos por mês. Os exames serão realizados de segunda a sábado, das 7h30 às 18h.

Instalado em uma carreta especial, o equipamento é capaz de realizar um exame de corpo inteiro em apenas 30 segundos. Os aparelhos convencionais levam entre 20 e 40 minutos. A diferença se deve à tecnologia de múltiplos detectores, que permite que o aparelho tenha alta sensibilidade na identificação de lesões provocadas por traumas, tumores, processos infecciosos, entre outros. O aparelho, adquirido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesdec), custou R$ 3 milhões. Para marcar um exame, o paciente deve entregar o pedido feito por um médico especialista à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o serviço. O paciente é informado pela prefeitura sobre a data em que deverá comparecer para realizar o exame. Os pacientes que possuem aparelho celular recebem uma confirmação via Serviço de Mensagens Curtas (SMS) com 48 horas de antecedência. O tomógrafo vai ser usado por médicos radiologistas, com especialização na área, e atenderá usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente. O tomógrafo é operado por médicos radiologistas, com especialização na área e o resultado do exame é entregue à prefeitura, que fica responsável por enviar ao paciente, para ser encaminhado ao médico solicitante. Para agendar o exame, o paciente deve entregar o pedido à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o Serviço. Desde agosto do ano passado, quando entrou em operação, o Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada já esteve em Resende, Valença, Teresópolis, Três Rios, Bom Jardim, Araruama, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, São Gonçalo, Nilópolis, Rio de Janeiro (no Hospital Souza Aguiar) e Nova Iguaçu. Ao todo, foram realizados 8.593 exames. A Sesdec prevê para este ano a inauguração de outro tomógrafo móvel e uma ressonância magnética móvel.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) - RJ

sábado, 2 de julho de 2011

Radiografia do joelho ortostática

As radiografias com apoio monopodálico são imprescindíveis para a avaliação das doenças degenerativas, fornecendo apreciação muito mais fidedigna do que as realizadas em decúbito, pois a diminuição dos espaços articulares é nitidamente observada. Além disto as radiografias com apoio monopodálico revelam também o grau de angulação e sub-luxação do joelho afetado.

Quem primeiro descreveu a técnica em PA foi Rosenberg; o posicionamento do paciente em relação a estativa é feito da seguinte maneira:

1. Paciente fica sobre uma escada pequena (como a usada para que o paciente suba na mesa).
2. Filme usado é o 30/40.
3. Flete os joelhos 45 graus de tal maneira que as patelas encostem na estativa.
4. Raio central na região poplítea emergindo na patela.
5. O raio é angulado 10 graus caudal.
6. O exame se faz com os dois joelhos em uma só exposição.
Com este tipo de posicionamento temos uma visão dos compartimentos lateral e medial, assim como uma visão do túnel do joelho. Porém este exame não é realizado em monopodálico o que diminui o seu valor diagnóstico.
Diante desta dificuldade para avaliação dos compartimentos, começamos a estudar uma maneira de realizar este exame com o mesmo principio descrito por Rosenberg, porém em monopodálico, e para somente avaliar os compartimentos lateral e medial.
Depois de muitos estudos, há cerca de 3 anos, no Instituto Affonso Ferreira, preconizamos para 99% dos exames radiológicos do joelho realizarmos em P.A, com esta técnica modificada; para os 1% restantes: como trauma ou criança abaixo de 13 anos, realizamos o exame com o paciente em decúbito dorsal.

 CHASSIS: (fig. 02)
O chassis a ser usado dependerá do objetivo médico. Havendo histórico de dor ou traumas anteriores o chassis será 24/30. O 30/40 deverá ser usado especialmente em casos de deformidades.

 ORIENTAÇÕES PARA O PACIENTE: (fig. 03)
Sobre uma plataforma o paciente deverá ser orientado para ficar na posição ortostática em PA, segurando na estativa. Nesse momento é importante explicar ao examinado e/ou seu acompanhante o procedimento do exame radiológico a ser realizado. Terminado o posicionamento, pede-se que o paciente jogue o peso do seu corpo sobre o primeiro joelho a ser examinado e num segundo momento o mesmo deve ser feito com o outro joelho.

 RAIO CENTRAL: (fig. 04)
Antes de posicionar o paciente o raio central deve ser acertado, deixando a DFF a 150cm para fazer o posicionamento do chassis em relação ao raio central. O ponto do raio central entrará na altura da fossa poplítea que corresponde a uma prega que é observada na parte posterior do joelho. Em seguida, abre-se o colimador para acertar o chassis, a linha transversa deverá passar no centro do chassis.

 POSIÇÃO DA PARTE: (fig. 05)
O joelho a ser examinado deverá ficar no centro da linha longitudinal da estativa, afastando 8cm da mesma. Uma dica para me é utilizar a largura de quatro dedos (mão espalmada lateralmente) que corresponde aos 8cm. Ao colocar a mão na frente da patela, o técnico deve encosta-la na estativa e orientar o paciente para fletir o joelho até encostar a patela na estativa. Deverá ser observado se o pé do examinado está ecionado para a estativa, de maneira com que o hálux fique na eção da patela.

 ESTRUTURA DEMONSTRADA:
A radiografia deve englobar o máximo possível da parte distal do fêmur para que o médico possa traçar o eixo anatômico. A mesma ênfase deve ser dada à parte proximal da tíbia e fíbula.
Importante: a patela não estará visível por estar sobreposta ao fêmur.

 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO: (fig. 06)
Observar com atenção os seguintes itens:
- Se a imagem de toda a estrutura anatômica requisitada no exame foi contemplada;
- Se houve rotação da estrutura;
- Se os compartimentos lateral e medial estão visíveis;
- Se os fatores elétricos estão corretos;
- Se foi marcado o lado de interesse e a palavra “ortostática” ou “ortostase”.

 OBSERVAÇÕES: (fig. 07)
1. O paciente deve ser bem orientado para colocar o peso sobre o joelho examinado.
2. Para melhor qualidade da imagem é recomendado o uso de 30mAs em média e para KV deve-se usar o espessômetro com a finalidade de evitar falhas na penetração do exame.
3. Para realização desse exame é necessária uma plataforma 60×60 cm, com dois degraus abertos.
Fonte:  Prof: Dr. José Carlos Affonso Pereira

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Imagem por ressonância magnética: princípios básicos

Imagem por ressonância magnética: princípios básicos




A ressonância magnética é a propriedade física exibida por núcleos de determinados elementos que, quando submetidos a um campo magnético forte e excitados por ondas de rádio em determinada freqüência (Freqüência de Larmor), emitem rádio sinal, o qual pode ser captado por uma antena e transformado em imagem. A imagem por ressonância magnética (IRM) é o método de diagnóstico por imagem nãoinvasivo mais sensível para avaliar partes moles, particularmente o encéfalo, porém trata-se de uma técnica onerosa. Ela apresenta grande potencial diagnóstico, poucos efeitos deletérios e muitos benefícios a serem obtidos com o seu uso. Além disso, a IRM fornece informações anatômicas acuradas, imagens em qualquer plano do corpo, bom contraste

e resolução espacial e por si só pode sugerir um diagnóstico. Porém, não permite um diagnóstico histológico específico e deve ser interpretada em contexto com outros achados clínicos e patológicos. Esta revisão teve como objetivos mostrar as bases físicas da ressonância magnética e propiciar mais conhecimento aos veterinários.

Os primeiros estudos em ressonância magnética (RM) foram realizados em 1946 por dois grupos independentes: Purcell em Harvard, que estudava os sólidos e Bloch em Stanford, que estudava os líquidos (BLOCH et al., 1946; PURCELL et al., 1946). Nessas primeiras experiências, a RM era usada para realizar a análise química das estruturas, conhecida como espectroscopia. No final dos anos 60, Raymond Damadian demonstrou in vitro que T1 era maior em tumores do que em tecido normal e começou a trabalhar no desenvolvimento de um aparelho. Em 1972, Lauterbour, da Universidade de Illinois, obteve as primeiras imagens com a RM, as quais foram publicadas na Revista Nature (LAUTERBUR, 1973). Em 1976, Mansfield, da Universidade de Nottinghan, produziuas primeiras imagens de uma parte do corpo: um dedo. Em 2003, pelos avanços proporcionados pela aplicação da técnica de imagem por ressonância magnética (IRM), Paul Lauterbour e Peter Mansfield receberam o prêmio Nobel de Medicina. O primeiro exame de IRM na América Latina foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein em 1986, em São Paulo, Brasil. Apesar de o estudo da física da ressonância magnética ser um assunto árido e difícil, ele é de fundamental importância na interpretação das imagens e por isso é preciso que os seus princípios básicos sejam entendidos. Esta revisão teve como objetivos mostrar as bases físicas da RM e propiciar mais conhecimento aos veterinários.



Fonte: Maria Cristina Ferrarini Nunes Soares

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tomografia computadorizada helicoidal

Tomografia computadorizada helicoidal



A tomografia computadorizada helicoidal permite realização da imagem e injeção do meio de contraste simultaneamente, de modo que as imagens possam ser adquiridas durante fases específicas do realce pelo meio de contraste.

É um avanço técnico que permite imagens mais rápidas e precisas do que a tomografia computadorizada padrão. Suas aplicações clínicas incluem todas as aplicações da tomografia computadorizada convencional no tórax, abdome e sistema músculo-esquelético, além de uma variedade de novas aplicações como angiotomografia e imagem tridimensional. A tomografia computadorizada helicoidal é o estudo de escolha na avaliação de patologias pulmonares, tem numerosas aplicações no fígado, pâncreas, rins e outros órgãos abdominais e é de grande valor na avaliação do trauma.

Esta foi uma mudança estratégica introduzida em 1990. Na tomografia convencional, cada corte é adquirido separadamente e a mesa move o paciente através “gantry” em incremento entre os cortes. Enquanto que na TC helicoidal, o paciente é movido através do “gantry” continuamente, enquanto o exame também é realizado ininterruptamente, então o feixe de raios X atravessa o paciente formando uma hélice. Depois de toda a região anatômica ser examinada, os dados podem ser reconstruídos em cortes individuais. A aquisição de um “conjunto de dados de volume” do volume anatômico examinado permite excelentes reconstruções de imagem bi e tridimensionais.

A TC helicoidal fornece um estudo simples, rápido e menos invasivo para o paciente. Os tempos de exames estão entre 40 e 80 segundos, com o paciente no aparelho por no máximo 5 a 10 minutos. Isto reduz o tempo necessário de colaboração do paciente pela metade. A habilidade de adquirir um conjunto de dados durante uma única respiração, tem significado numa variedade de aplicações no tórax, pulmão e fígado. Os conjuntos de dados numa única respiração eliminam os problemas como movimentação durante ou entre os cortes, que poderia levar à perda de lesões.