terça-feira, 19 de julho de 2011

Técnico em radiologia poderá ter jornada de trabalho alterada

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7025/10, do deputado Rodovalho (PP-DF), que autoriza o aumento da jornada de trabalho dos técnicos em radiologia nos casos de acúmulo com outra função na mesma empresa. Conforme a proposta, a segunda função não poderá ser insalubre ou perigosa, como são as atividades típicas da radiologia.

A proposta altera a lei que regulamenta a profissão (7.394/85), que hoje estabelece carga de trabalho de 24 horas semanais, adotada para preservar a saúde do profissional. Rodovalho observa, porém, que a medida tem tido efeito contrário ao pretendido, pois muitos técnicos aproveitam a carga horária reduzida para trabalhar em mais de um emprego.

Segundo o projeto, mesmo com o acúmulo de função, as atividades específicas do técnico em radiologia devem estender-se por no máximo 24 horas por semana. Essas atividades incluem a utilização de técnicas de radiologia nas áreas de diagnóstico, de radioterapia, no setor industrial e no de medicina nuclear.

"Nossa proposta é permitir que o técnico em radiologia possa cumprir carga superior a 24 horas semanais para o mesmo empregador, mas fixando esse limite para as atividades típicas da radiologia", defende o deputado. Para ele, a medida permitirá que o empregado receba uma remuneração maior, sem precisar buscar outro emprego.

Tramitação

O projeto tramita em conjunto com o PL 5863/01, que, entre outras medidas, inclui entre as atividades do técnico em radiologia a ressonância magnética e o controle radiológico de bagagens. Os textos, de caráter conclusivo, serão analisados pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

FONTE: Câmara dos Deputados

Tomógrafo movel vai atender pacientes do interior do estado do Rio de Janeiro

Um tomógrafo móvel vai beneficiar moradores do interior do Rio de Janeiro. O Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada (SMTC), projeto criado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) vai atender aos moradores de cidades onde não há esse tipo de exame na rede pública de saúde ou em que o serviço já existente não seja capaz de suprir a demanda. Segundo a prefeitura, o aparelho de tomografia computadorizada vai atender pedidos de exames que estavam aguardando na Secretaria municipal de Saúde. A capacidade é de 2,5 mil atendimentos por mês. Os exames serão realizados de segunda a sábado, das 7h30 às 18h.

Instalado em uma carreta especial, o equipamento é capaz de realizar um exame de corpo inteiro em apenas 30 segundos. Os aparelhos convencionais levam entre 20 e 40 minutos. A diferença se deve à tecnologia de múltiplos detectores, que permite que o aparelho tenha alta sensibilidade na identificação de lesões provocadas por traumas, tumores, processos infecciosos, entre outros. O aparelho, adquirido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesdec), custou R$ 3 milhões. Para marcar um exame, o paciente deve entregar o pedido feito por um médico especialista à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o serviço. O paciente é informado pela prefeitura sobre a data em que deverá comparecer para realizar o exame. Os pacientes que possuem aparelho celular recebem uma confirmação via Serviço de Mensagens Curtas (SMS) com 48 horas de antecedência. O tomógrafo vai ser usado por médicos radiologistas, com especialização na área, e atenderá usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente. O tomógrafo é operado por médicos radiologistas, com especialização na área e o resultado do exame é entregue à prefeitura, que fica responsável por enviar ao paciente, para ser encaminhado ao médico solicitante. Para agendar o exame, o paciente deve entregar o pedido à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o Serviço. Desde agosto do ano passado, quando entrou em operação, o Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada já esteve em Resende, Valença, Teresópolis, Três Rios, Bom Jardim, Araruama, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, São Gonçalo, Nilópolis, Rio de Janeiro (no Hospital Souza Aguiar) e Nova Iguaçu. Ao todo, foram realizados 8.593 exames. A Sesdec prevê para este ano a inauguração de outro tomógrafo móvel e uma ressonância magnética móvel.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) - RJ

sábado, 2 de julho de 2011

Radiografia do joelho ortostática

As radiografias com apoio monopodálico são imprescindíveis para a avaliação das doenças degenerativas, fornecendo apreciação muito mais fidedigna do que as realizadas em decúbito, pois a diminuição dos espaços articulares é nitidamente observada. Além disto as radiografias com apoio monopodálico revelam também o grau de angulação e sub-luxação do joelho afetado.

Quem primeiro descreveu a técnica em PA foi Rosenberg; o posicionamento do paciente em relação a estativa é feito da seguinte maneira:

1. Paciente fica sobre uma escada pequena (como a usada para que o paciente suba na mesa).
2. Filme usado é o 30/40.
3. Flete os joelhos 45 graus de tal maneira que as patelas encostem na estativa.
4. Raio central na região poplítea emergindo na patela.
5. O raio é angulado 10 graus caudal.
6. O exame se faz com os dois joelhos em uma só exposição.
Com este tipo de posicionamento temos uma visão dos compartimentos lateral e medial, assim como uma visão do túnel do joelho. Porém este exame não é realizado em monopodálico o que diminui o seu valor diagnóstico.
Diante desta dificuldade para avaliação dos compartimentos, começamos a estudar uma maneira de realizar este exame com o mesmo principio descrito por Rosenberg, porém em monopodálico, e para somente avaliar os compartimentos lateral e medial.
Depois de muitos estudos, há cerca de 3 anos, no Instituto Affonso Ferreira, preconizamos para 99% dos exames radiológicos do joelho realizarmos em P.A, com esta técnica modificada; para os 1% restantes: como trauma ou criança abaixo de 13 anos, realizamos o exame com o paciente em decúbito dorsal.

 CHASSIS: (fig. 02)
O chassis a ser usado dependerá do objetivo médico. Havendo histórico de dor ou traumas anteriores o chassis será 24/30. O 30/40 deverá ser usado especialmente em casos de deformidades.

 ORIENTAÇÕES PARA O PACIENTE: (fig. 03)
Sobre uma plataforma o paciente deverá ser orientado para ficar na posição ortostática em PA, segurando na estativa. Nesse momento é importante explicar ao examinado e/ou seu acompanhante o procedimento do exame radiológico a ser realizado. Terminado o posicionamento, pede-se que o paciente jogue o peso do seu corpo sobre o primeiro joelho a ser examinado e num segundo momento o mesmo deve ser feito com o outro joelho.

 RAIO CENTRAL: (fig. 04)
Antes de posicionar o paciente o raio central deve ser acertado, deixando a DFF a 150cm para fazer o posicionamento do chassis em relação ao raio central. O ponto do raio central entrará na altura da fossa poplítea que corresponde a uma prega que é observada na parte posterior do joelho. Em seguida, abre-se o colimador para acertar o chassis, a linha transversa deverá passar no centro do chassis.

 POSIÇÃO DA PARTE: (fig. 05)
O joelho a ser examinado deverá ficar no centro da linha longitudinal da estativa, afastando 8cm da mesma. Uma dica para me é utilizar a largura de quatro dedos (mão espalmada lateralmente) que corresponde aos 8cm. Ao colocar a mão na frente da patela, o técnico deve encosta-la na estativa e orientar o paciente para fletir o joelho até encostar a patela na estativa. Deverá ser observado se o pé do examinado está ecionado para a estativa, de maneira com que o hálux fique na eção da patela.

 ESTRUTURA DEMONSTRADA:
A radiografia deve englobar o máximo possível da parte distal do fêmur para que o médico possa traçar o eixo anatômico. A mesma ênfase deve ser dada à parte proximal da tíbia e fíbula.
Importante: a patela não estará visível por estar sobreposta ao fêmur.

 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO: (fig. 06)
Observar com atenção os seguintes itens:
- Se a imagem de toda a estrutura anatômica requisitada no exame foi contemplada;
- Se houve rotação da estrutura;
- Se os compartimentos lateral e medial estão visíveis;
- Se os fatores elétricos estão corretos;
- Se foi marcado o lado de interesse e a palavra “ortostática” ou “ortostase”.

 OBSERVAÇÕES: (fig. 07)
1. O paciente deve ser bem orientado para colocar o peso sobre o joelho examinado.
2. Para melhor qualidade da imagem é recomendado o uso de 30mAs em média e para KV deve-se usar o espessômetro com a finalidade de evitar falhas na penetração do exame.
3. Para realização desse exame é necessária uma plataforma 60×60 cm, com dois degraus abertos.
Fonte:  Prof: Dr. José Carlos Affonso Pereira