segunda-feira, 25 de abril de 2011

Raios-X

Raios X
A tecnologia de raios X utiliza raios de alta energia que podem passar por determinados tecidos do corpo e criar imagens vitais para o diagnóstico e tratamento. A máquina de raios X é composta de um tubo de raios X que contém um par de eletrodos ou condutores chamado de cátodo e um ânodo. O cátodo é um filamento que libera energia com a introdução de uma corrente elétrica, de maneira muito semelhante ao filamento de uma lâmpada. A energia do cátodo é liberada na forma de elétrons. O ânodo localizado na extremidade oposta do tubo de raios X é um disco feito de tungstênio, um material que atrai os elétrons. Quando os elétrons liberados do cátodo entram em contato com o tungstênio eles liberam energia na forma de fótons. Estes fótons altamente energizados são canalizadas através de cilindros de chumbo, uma série de filtros, criando um feixe de raio-x. O feixe de raios X é um feixe de alta energia que pode ser absorvida apenas por tecidos mais densos do corpo, como o osso. Durante um exame de raio-x, um filme radiográfico é colocado atrás do paciente. E o paciente é colocado entre o filme e a máquina de raio-x. A máquina de raio-x, em seguida, focaliza o feixe de energia na área específica do corpo do paciente. Quando a energia de raios X passa através do corpo do paciente, o feixe de fótons alcança o filme radiográfico e causa uma reação química. As áreas onde a energia dos raios x passam através do corpo tornam-se escuras, enquanto que áreas onde a energia é absorvida pelo osso aparecem em branco. Esse processo produz uma radiografia, que é comumente referido como um raio-x.

Ressonância Magnética Nuclear

Ressonância magnética
Ressonância magnética
A ressonância magnética (RM) é uma técnica radiológica que nos possibilita tomar imagens do interior do nosso corpo de maneira não invasiva.
Diferentemente da radiologia convencional e da tomografia computadorizada, a RM não usa radiação, mas poderosos magnetos (imãs) e ondas de rádio para obter estas imagens. O campo magnético produzido pelo aparelho de RM é 10.000 vezes maior que o campo magnético da Terra.
As forças do campo magnético criadas pelo equipamento de RM forçam os átomos do corpo a se alinharem de uma maneira semelhante à agulha de uma bussola quando ela é colocada próxima a um imã. Quando ondas de rádio são enviadas em direção aos átomos de hidrogênio realinhados, elas são rechaçadas e um computador registra este evento. Diferentes tipos de tecidos enviam diferentes tipos de sinais.
Imagens isoladas de RM são chamadas de cortes (slices). As imagens podem ser armazenadas em um computador ou impressas em filme. Um único exame pode produzir centenas de imagens.
Outos nomes dados à ressonância magnética: ressonância magnética nuclear, imagem de ressonância magnética.
O uso da RM juntamente com outros métodos de imagem ajudam o clínico a chegar ao diagnóstico definitivo de uma doença que esteja investigando.
As imagens de RM podem ser intensificadas ou melhoradas com o uso de contrastes especiais, como o gadolíneo, que servem, também para fornecer informações adicionais sobre os vasos sanguíneos. Uma angiografia por ressonância (ARM) cria imagens tri-dimensionais dos vasos sanguíneos. Ela é utilizada quando a angiografia tradicional não pose ser realizada.
Para realizar o exame o paciente algumas vezes tem que usar uma bata hospitalar sem prendedores de metais. Algumas roupas de uso diário contêm metais, que podem interferir nas imagens da RM.
O paciente deita na maca do equipamento que é empurrada para dentro do equipamento de RM. Se o paciente tiver claustrofobia, ele deve avisar ao médico. Nestes casos um sedativo pode auxiliar e acalmar o paciente. Nos casos mais graves de claustrofobia, recomenda-se que o exame seja realizado em um sistema aberto de RM.

Ressonância magnética fechada

Ressonância Magnética fechada

Ressonância magnética aberta 

Ressonância Magnética aberta


Muitas vezes, dispositivos chamados de bobinas são colocados em volta da cabeça, braços ou pernas do paciente. Estes dispositivos ajudam na recepção e transmissão das ondas de rádio, melhorando assim a qualidade da imagem.
Alguns exames exigem a administração de contrastes, que via de regra são administrados antes do início do exame, por via intra-venosa em um vaso da mão ou ante-braço. O contraste ajuda o radiologista a ver as imagens com mais clareza.
Durante todo o exame o técnico responsável pela operação do equipamento de RM fica observando o paciente em outra sala atavés de uma janela envidraçada. Vários grupos de imagem são tomados, cada um deles durando entre 5 e 15 minutos. Dependendo da área a ser estudada, um exame de RM pode demorar até uma hora.
O paciente pode ser solicitado a fazer um jejum de 4-6 horas em alguns casos.
O forte campo magnético criado pela RM pode interferir com certos implantes, especialmente marca-passos. Portanto, os pacientes com este dispositivo não podem fazer este exame ou até mesmo ficar próximo ao equipamento.
O paciente não pode fazer exames de RM se tiver em seu corpo um dos seguintes dispositivos:
- clipes de aneurisma cerebral
- algumas válvulas cardíacas artificiais
- marcapasso cardíaco
- implantes auditivos cocleares
- Implantes e aparelhos oculares (exceto lentes intraoculares para catarata)
- Fixadores ortopédicos externos

Os dispositivos seguintes não constituem contraindicação para a Ressonância:
- Clipes utilizados em cirurgias de vesícula biliar
- Próteses valvares cardíacas (mesmo as metálicas)
- Implantes ortopédicos, como próteses, pinos, parafusos e hastes (exceto os fixadores externos)
- Derivação ventriculoperitoneal
- Dispositivo intrauterino (DIU)
- Stents intravasculares (como stent coronariano, por exemplo) são permitidos para a realização da ressonância somente após 6 semanas de sua colocação.
As grávidas com menos de 12 semanas de gestação não devem ser submetidas à Ressonância (contraindicação relativa).
Informe ao seu médico a existência de um destes dispositivos ao marcar o exame, de modo que o tipo de metal de que ele é feito possa ser determinado.
Trabalhadores metalúrgicos e pessoas que sejam expostas a pequenos fragmentos de metal, deveriam ser submetidas a uma radoografia do crânio para verificar a presença de metal nos olhos.
Objetos de metal não são permitidos na sala de exame, pois eles são atraídos pelo magneto do equipamento com tremenda força.
Outros objetos metálicos que não são permitidos na área de exame:
- jóias
- relógios
- cartões de crédito
- aparelhos de escuta

Alfinetes, grampos de cabelo, zipper de metal podem distorcer as imagens de RM.
Aparelhos ortopédicos móveis devem ser retirados antes do exame.

O exame de RM é totalmente indolor.
Alguns pacientes ficam ansiosos quando estão dentro do equipamento e, nestes casos um leve sedativo ajuda a superar a ansiedade.
O paciente deve ficar o mais imóvel possível durante o exame, pois movimento excessivo pode fazer com que as imagens fiquem borradas e indistintas.
Durante o exame o equipamente pode emitir altos sons, que podem ser minimizados com um fone de ouvido.
Dentro da sala de exame existe um interfone que possibilita a comunicação do paciente com o técnico. Algumas salas de exame possuem televisão e fones de ouvido especiais, para ajudar a passar o tempo.
Depois do exame o paciente pode retomar suas atividades normais.
O equipamento de ressonância não emite radiação ionizante. Não existe efeito colateral documentado sobre o uso do campo magnético e as ondas de rádio no corpo humano.
O contraste utilizado na RM, o gadolíneo, é muito seguro e reações alérgicas ao seu uso são muito raras.
O técnico na sala ao lado pode monitorar a respiração e batimentos cardíacos do paciente durante todo o exame, se necessário.
Os exames de RM não são recomendados para pacientes com trauma agudo, porque o equipamento de tração e suporte à vida não podem entrar na sala de exame, além do que este procedimento é muito demorado para estes doentes emergenciais.
Procedimentos de Ressonância Magnética realizados na Diagnose:
Ressonâcia magnética do abdome superior  (Fígado , vesícula biliar e vias biliares , dos rins , adrenais , baço , retroperitôneo) .
Colangioressonância magnética .
Angioressonância da aorta abdominal e ilíacas .
Angiorressonancia de veia porta.
Ressonância magnética da parede abdominal e pelve .
Ressonância magnética do fígado para hemocromatose .
Ressonância magnética da pelve feminina e masculina .
RM do encéfalo .
RM encéfalo com espectroscopia de prótons.
RM encéfalo com perfusão e difusão.
RM do encéfalo com fluxo liquórico.
Ressonancia magnetica da sela túrcica.
Ressonancia magnetica mastóides.
Angioressonância magnética da aorta torácica , vasos supra aóticos
Angioressonância dos vasos cervicais.
Angioressonância dos vasos cerebrais.
Angioressonância magnética venosa do crânio.
RM das órbitas.
RM dos seios da face .
Ressonancia magnetica do pescoço.
RM das articulações têmporo-madibulares ( ATM ).
RM das colunas cervical, dorsal, lombo-sacra.
Ressonância magnética quadril , articulações coxo-femorais .
Ressonancia magnetica articulacao sacro-iliaca.
Ressonância magnética, crâniovertebral ou crâniocervical.
Ressonância magnética do  tornozelo e pé.
Ressonância magnética do  joelho .
Ressonância magnética da coxa e perna .
Ressonância magnética do  ombro.
Ressonância magnética do  cotovelo .
Ressonância magnética do  punho e mão .
Ressonância magnética do  braço e antebraço.
Ressonância magnética do  tórax e mediastino.
Ressonancia magnetica dos plexos braquiais .
Angioressonância magnética  dos membros inferiores.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ALBERT EINSTEIN

Albert Einstein




Albert Einstein, o mais célebre cientista do século 20, foi o físico que propôs a teoria da relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de física de 1921. Einstein tornou-se famoso mundialmente, um sinônimo de inteligência. Suas descobertas provocaram uma verdadeira revolução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências.

Einstein nasceu na Alemanha em uma família judaica não-observante. Seus pais, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se em 1876 e se estabeleceram na cidade de Ulm. Hermann tornou-se proprietário de um negócio de penas de colchões.

Quando Einstein tinha um ano, a família se mudou para Munique. Com três anos de idade, Einstein apresentava dificuldades de fala. Aos seis, aprendeu a tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida.

Em 1885, Hermann fundou, com o irmão Jacob, uma empresa de material elétrico. Em outubro daquele ano Einstein começou a freqüentar uma escola católica em Munique. Depois entrou no Luitpold Gymnasium, onde permaneceu até os 15 anos.

Com dificuldades nos negócios, em 1894 a família se mudou para a Itália. Einstein permaneceu em Munique a fim de terminar o ano letivo. Em 1895, fez exames de admissão à Eidgenössische Technische Hochschule (ETH), em Zurique. Foi reprovado na parte de humanidades dos exames. Foi então para Aarau, também na Suíça, para terminar a escola secundária.

Em 1896 recebeu o diploma da escola secundária e, aos 17 anos, renunciou à cidadania alemã, ficando sem pátria por alguns anos. A cidadania suíça lhe foi concedida em 1901. Cursou o ensino superior na ETH em Zurique, onde mais tarde foi docente.

A 6 de janeiro de 1903 casou-se com Mileva Maric. Tiveram três filhos: Lieserl, Hans Albert e Eduard. A primeira morreu ainda bebê, o mais velho tornou-se professor de hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em música e literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.

Entre 1909 e 1913 Einstein lecionou em Berna, Zurique e Praga. Voltou à Alemanha em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Aceitou um cargo de pesquisa na Academia Prussiana de Ciências junto com uma cadeira na Universidade de Berlim. Também assumiu a direção do Instituto Wilhelm de Física em Berlim.

Em novembro de 1915, Einstein fez uma série de conferências e apresentou sua teoria da relatividade geral. No ano seguinte o cientista publicou “Fundamento Geral da Teoria da Relatividade”.

Em 1919, separou-se da esposa Mileva e se casou com a prima Elsa. Naquele ano tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar.

Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 e foi indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou “Sobre a Teoria da Relatividade Especial e Geral”.

Ao longo da vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo o Brasil, em 1925. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Em 1933, Hitler chegou ao poder na Alemanha e o cientista foi aconselhado por amigos a deixar o país, renunciando mais uma vez à cidadania alemã.

A 7 de outubro de 1933, Einstein partiu para os Estados Unidos, onde passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania americana, mantendo também a cidadania suíça.

Em 1941 teve início o Projeto Manhattan, que visava o desenvolvimento da bomba atômica pelos americanos. Einstein não teve participação no projeto. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.

A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais “Por Que a Guerra?” (1933), em colaboração com Sigmund Freud; “O Mundo como Eu o Vejo” (1949); e “Meus Últimos Anos” (1950). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e profunda do universo.

Em 1952, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, convidou Albert Einstein para assumir o cargo de presidente do Estado de Israel. Doente, Einstein recusou. Uma semana antes de sua morte assinou sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.

Contribuindo para a física no século 20 no âmbito das duas teorias que constituíram seus traços mais peculiares – a dos quanta e da relatividade -, Einstein deu à primeira o elemento essencial de sua concepção do fóton, indispensável para que mais tarde se fundissem, na mecânica ondulatória de Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo. E deu à segunda sua significação completa e universal, que se extrapola dos campos da ciência pura e atinge as múltiplas facetas do conhecimento humano. Saliente-se também que algumas das descobertas de Einstein – como a noção de equivalência entre massa e energia e a do continuum quadridimensional, suscitaram interpretações filosóficas de variadas tendências.

Einstein morreu a 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey, aos 76 anos. Seu corpo foi cremado.

Fonte: Portal da radiologia
RADIOLOGIA VETERINÁRIA


Com o avanço da tecnologia a aquisição de aparelhos científicos e radiológicos tornou-se acessível ao mercado para vários profissionais da área da saúde, dentre eles o médico veterinário.

Profissionais que antes encaminhavam seus pacientes para clínicas especializadas em Radiologia Veterinária deparavam com situações desconfortáveis, indo desde a locomoção do animal para outro local, longo período de espera para o laudo radiológico, custo elevado na realização do exame além do descontentamento do proprietário do animal com o atendimento esterno e outras situações que geram intercorrências.

O número de hospitais e clínicas veterinárias que oferecem serviços de diagnósticos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, pois além de oferecerem serviços de radiodiagnósticos e análises clinicas, otimizam a clinica do animal salvando vidas além da satisfação do seu proprietário.

O investimento necessário para a compra de um aparelho de raios-x para uso em animais de médio e pequeno porte é relativamente baixo, algo em torno dos quinze mil reais aproximadamente, considerando a necessidade da preparação da sala com barita, laudos especiais além dos acessórios radiológicos como reveladora, filmes, negatoscópio, cone, divisor, aventais, protetores de tireóide, luvas e óculos de chumbo dentre outos materiais necessários e indispensáveis.Estatística esta considerada positiva em relação ao custo benefício os quais o mesmo oferece ao investidor.

No entanto o veterinário deve dar atenção para algumas normas e conceitos sobre proteção radiológica e os riscos de contaminação os quais são muito importantes e merecem cuidados.Temos a informação que há fornecedor de aparelhos de raios-x de utilização veterinária que informam não ser necessário o uso de baritas para seus aparelhos, pois são equipamentos de baixa voltagem e kilovoltagem o que pode gerar erros de interpretação ocasionando contaminação operacional, pois nestes casos muitas vezes se entende não ser necessário o uso de vestimenta de chumbo para proteção, o que é muito preocupante.

Os aparelhos de raios -x quando acionados emitem radiações ionizantes e não podem ser operados por pessoas não autorizadas, isto é sem o conhecimento necessário sobre radioproteção, pois podem causar conseqüências seriíssimas para o usuário e pessoas próximas ao setor, como câncer de medula, infertilidade, má-formação em fetos na fase embrionária dentre outras situações de risco.

Nas ultimas décadas pesquisas e trabalhos estão sendo realizados e colocados em prática em diversos paises incluindo o Brasil, com o objetivo de otimizar os meios de proteção das radiações ionizantes aplicadas na medicina assim como esclarecimentos sobre a radioproteção.

Os raios-x são ondas eletromagnéticas capazes de ionizar um meio, causando mutações genéticas quando em doses elevadas além dos efeitos biológicos de grande preocupação para a sociedade científica.

São poucos os serviços e hospitais veterinários que possuem um Tecnólogo em Radiologia Médica para realizar as radiografias do serviço, pois este profissional, além de administrar o posicionamento correto do animal, administra todo o conceito de radioproteção necessários para o bom andamento do setor, com técnicas e condutas de elevado grau científico e profundo conhecimento da anatomia animal, física médica e da tecnologia em aparelhos radiológicos,quando o mesmo não se faz presente, é o próprio Médico Veterinário o realizador do exame radiológico, ao necessitar de radiografias para várias situações clínicas e patológicas de interesse de pesquisa e esclarecimento. Alem de contar com a ajuda do dono do animal que acaba auxiliando no posicionamento, e todos merecem atenção especial com a utilização de vestimenta de chumbo seguindo os protocolos de radioproteção.

Fonte: Porta da Radiologia.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA






PRINCÍPIOS FÍSICOS

A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).

Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).



PROCEDIMENTO

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um orifício de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma [[Ampola de Raios-X], num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado.

Nas máquinas convencionais, durante o exame a “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.

Máquinas mais recentes, designadas “helicoidais”, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas.

Godfrey Hounsfield é que desenvolveu esta técnica de obtenção de imagens em 1972. Na verdade os princípios físicos da tomografia computadorizada são os mesmos da radiografia convencional. Para a obtenção de imagens são utilizados os raios-x. Enquanto na radiografia convencional ou simples o feixe de raio-x é piramidal e a imagem obtida é uma imagem de projeção, na tomografia computadorizada o feixe é emitido por uma pequena fenda e tem a forma de leque.

Na tomografia computadorizada o tubo de raio-x gira 360 graus em torno da região do corpo a ser estudada e a imagem obtida é tomográfica ou seja “fatias” da região do corpo estudada são obtidas. Em oposição ao feixe de raios-x emitidos temos um detector de fótons que gira concomitantemente ao feixe de raios-x. Como na radiografia convencional as características das imagens vão depender dos fótons absorvidos pelo objeto em estudo.

Dessa forma, os fótons emitidos dependem da espessura do objeto e da capacidade deste de absorver os raios-x. Os detectores de fótons da tomografia computadorizada transformam os fótons emitidos em sinal analógico (quanto mais Rx chega, maior é a diferença de potencial, ou voltagem que cada detector fornece ao computador) e depois digital (o computador converte os valores de voltagem, contínuos, em unidades digitais, vistas abaixo).

Como dito anteriormente, para a formação da imagem de tomografia computadorizada a emissão do feixe de raio-x é feita em diversas posições, posteriormente as informações obtidas são processadas utilizando uma técnica matemática chamada de projeção retrógrada, ou outras, como a transformada de Fourier.

Um tomógrafo é formado por um tubo no interior do qual há um anel no qual estão localizados em posições opostas o emissor do feixe de raio-x e os detectores, sendo que este conjunto gira 360 graus para a obtenção da imagem.

Atualmente há vários tipos de tomógrafo: convencional ou simplesmente tomografia computadorizada, tomografia computadorizada helicoidal, tomografia computadorizada “multi-slice” e tomógrafos mais sofisticados, como “ultra-fast” e “cone-beam”. Na tomografia helicoidal além do tubo de raio-x e os detectores girarem, a mesa também é deslocada e a trajetória do feixe de Rx ao redor do corpo é uma hélice (ou espiral, senso lato).



CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS TOMOGRÁFICAS

Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas. O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por uma certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas.

O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm).

Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais Rx o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos.

A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:

• zero unidades Housfield (0 HU) é a água,

• ar -1000 (HU),

• osso de 300 a 350 HU;

• gordura de –120 a -80 HU;

• músculo de 50 a 55 HU.

As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.

Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela.

O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.

As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tri-dimensionais.

Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.

Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).



VANTAGENS e DESVANTAGENS



VANTAGENS

A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida.

Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%.

Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.

DESVANTAGENS

Uma das principais desvantagens da TC é devida ao facto de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado co

m cuidado os riscos e os benefícios.

Uma outra da desvantagem da TC é o seu elevado preço, especialmente quando comparada com outros métodos como a radiografia convencional ou mesmo a ecografia.

Fonte: Radiologistas, te vemos por dentro.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

PET/CT

PET/CT



Tomografia Positron Emission Tomography / computadorizada (TC / PET)

PET / CT revolucionou o diagnóstico médico por imagem, tendo em diagnóstico e tratamento opções disponíveis para o médico para níveis sem precedentes.



Combinando os recursos de imagem funcional de um PET (Positron Emission Tomography) scan com os detalhes anatômicos de uma TC (tomografia computadorizada) scan, o híbrido PET / scanner CT oferece para médicos e pacientes uma técnica de planejamento radiológico de diagnóstico e tratamento nas áreas de câncer, distúrbios cerebrais e problemas cardiovasculares.



Reduzir o tempo que leva para diagnosticar um problema que estava disponível com TC convencional ou PET, PET / CT pode fornecer excepcionalmente detalhadas em três dimensões as imagens computadorizadas do corpo, auxiliando cirurgiões para identificar a localização exata de uma massa suspeita de células e determinar se estas células são cancerosas, tudo em um procedimento 30 minutos.



Esta ferramenta de imagem 3-D pode ajudar a determinar o que a cirurgia é necessária, planear um percurso cirúrgico e determinar o melhor curso de ação contra um câncer maligno. Combinando as duas técnicas de imagem latente do CT e PET permite uma localização mais precisa de um câncer mais cedo, mais fácil, mais precisa e mais rentável do que qualquer técnica anterior de diagnóstico disponíveis.



Permitindo a detecção mais precisa e mais fácil de células cancerígenas do que a RM, PET e CT por conta própria, o PET / CT oferece uma grande melhoria na prestação de informações sobre tamanho, localização, metabolismo e forma de um tumor cancerígeno.



PET / CT é o futuro do diagnóstico médico por imagem e sua constante evolução acabará por permitir que ele seja usado em toda a medicina com maior confiança e melhores resultados. PET / CT é um avanço significativo em PET e CT separadamente.





Fonte: Radiology